As cidades de Patos e
Cajazeiras integram uma rota de exploração sexual de crianças e adolescentes,
que tem origem em Natal, no Rio Grande do Norte, da qual fazem parte outros
municípios paraibanos – João Pessoa, Cabedelo, Sapé e Campina Grande. A
informação é da secretária executiva da Rede Interinstitucional de
Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (Redexi),
Irene Marinheiro.
Segundo ela, nessa rede de
exploração existe gente de alto poder aquisitivo e Políticos – “Um dos nossos
desafios é enfrentar essa rede, que infelizmente esbarra no alto poder
aquisitivo de pessoas que financiam esse esquema, que envolve comerciantes e
até políticos”, afirmou.
Para que se tenha uma
melhor visão sobre a gravidade do assunto, só de janeiro a maio deste ano, 38
denúncias de abuso sexual foram feitas nos Centros de Referência Especializado
da Assistência Social (Creas) e outras quatro de exploração sexual, sem se
falar que as estatísticas só não são piores por conta da subnotificação. Para
cada caso registrado, a Redexi acredita que ocorrem silenciosamente outros
cinco casos.
Irene Marinheiro reforça
que o enfrentamento à exploração sexual na Paraíba apresenta três problemas: o
desconhecimento de gestores sobre as políticas da infância, as redes de
exploração que fazem rotas pela Paraíba e a naturalização do abuso e a
exploração nas cidades do interior.
“No interior, a estrutura
para enfrentar o abuso e exploração sexual é precária. E muito disso acontece
por falta de conhecimento dos gestores. A fragilidade começa nas políticas
públicas e se estende para as famílias, que muitas vezes silenciam porque a
violência em 70% dos casos é intra-familiar”, disse, em matéria destacada pelo
G1.
G1