O
ex-diretor do Presídio Regional de Cajazeiras - Damião da Silva Belo (Célio
Silva) que foi exonerado pelo governador Ricardo Coutinho em menos de 72 após
tomar posse, participou na manhã desta sexta-feira 11, do programa Jornal da
Manhã da rádio Oeste da Paraíba, e falou sobre a sua não permanência na direção
daquela casa de detenção.
Célio
disse que tudo não passou de um esquema criado por pessoas viciadas em tirar
proveito de cargos públicos, para que ele não continuasse no cargo. Ele culpou
uma emissora de rádio da cidade a qual não citou o nome, de ter iniciado uma
campanha contra a sua pessoa anunciando que ele responderia processo na justiça, fato que ele fez questão de negar. “Não tenho processo, não respondo
processo e nunca fui condenado a nada, quem disse isso vai responder na
justiça” disse.
O
ex-diretor ressaltou que as mudanças que tentou implantar no único dia em que
esteve a frente da diretoria eram necessárias, pois o que encontrou no presídio
foi um depósito de gente com várias reclamações de maus tratos. Célio denunciou
que os remédios que são passados pelos médicos para os detentos, não são entregues
por alguns agentes penitenciários por acharem que é muito privilégio para
preso.
Ele
negou que tivesse feito mudanças no esquema de segurança do presídio, e apenas
trocou dois presos, um que estava no isolamento e outro de um pavilhão para
outro. “O que eu vi alí foi um depósito de gente que não tem condições de
recuperação daquela forma, com má vontade sem dar o mínimo de dignidade aos
detentos” frisou.
Célio
foi mais além às denúncias, segundo ele a viatura era utilizada para fins
particulares e não servia para os afazeres do presídio, nem para transportar um
preso quando necessário. O fato de ele procurar acabar com essa regalia, talvez
tenha despertado em algumas pessoas um sentimento contrário ao seu trabalho.
Sobre
ele ter sido acusado de responder processo quando o próprio Secretário de
Administração Penitenciária responde a alguns processos na justiça como foi
anunciado na imprensa esta semana, Célio lembrou que o caso do secretário é bem
mais grave que o dele, que voltou a ressaltar “está arquivado não fui
condenado”, e perguntou quais os critérios usados para a sua exoneração.