Convocado
para prestar esclarecimentos, o produtor de eventos de Cajazeiras, Francisco do
Nascimento Campos “Tico Miudezas”, 48 anos, divorciado, residente à BR-230,
nesta cidade, esteve presente na Câmara Municipal entre a tarde e noite de
ontem, segunda (13) e, afirmou emocionado, que havia feito anteriormente numa
emissora de rádio local.
“Tico”
trouxe uma pasta com documentos, que segundo o mesmo são comprometedores, pois ha
notas ficais - cópias de empenhos, cópias de cheques, que o produtor suplicou
às lágrimas para o prefeito Carlos Rafael pagasse pelos serviços prestados com
a realização de festas de São João, Emancipação do Município, Réveillon e
Carnaval 2012.
Indagado
sobre os responsáveis pela arrecadação com a venda dos camarotes, por exemplo,
o produtor não titubeou; “Respondo sim”! “Senhores vereadores e vereadora aqui
presente não tenho duvida nenhuma quem recebia o pagamento dos camarotes, dos banners,
dos balões, das citações de palco, das barracas e da mídia foi o secretário
Junior Terra, o primo do prefeito Rusbenio Bezerra de Lira e, o sogro do
prefeito Edmilson Brito, agora dizer pra onde e o que foi feito com esse
dinheiro não sei responder”.
Para
estranheza do produtor e plateia presente, os vereadores José Lopes “Lopão”,
Severino Dantas (PT) e Humberto Pessoa (PTB), se retiraram da Casa por comungar
com as orientações do prefeito Carlos Rafael. O Vereador Marcos do Riacho do
Meio (PT) preferiu não comparecer e não enviou justificativa à Presidência.
“Vejam
os senhores, o nosso amigo “Dema Som” deu (24) vinte e quatro viagens na casa
do prefeito, para tentar receber pela locação do trio elétrico [Treme Tudo],
aquele trio que salvou o Carnaval de Cajazeiras”.
Numa
outra oportunidade indagatória o produtor de eventos cajazeirense foi enfático
e afirmou; “Eu vi gente vendendo camarotes superiores a R$ 3.800,00 (três mil e
oitocentos reais), os inferiores a R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais),
somem esses valores por (50) cinquenta, que é a quantidade de camarotes
inferiores e superiores mais (50) cinquenta”? “Por cima podemos calcular uns R$
500.000,00 (quinhentos mil reais), incluindo também a venda das barracas, patrocínio
de exclusividade da bebida e mídia do evento”, ressaltou.
“O
prefeito é muito inteligente porque assumiu a Prefeitura, assumiu dividas
deixadas pelo ex-prefeito Léo Abreu com termo de comprometimento para quitar as
dívidas, assinou esse documento que tenho em minhas mãos, com tanta pressa, que
seria meus amigos para ser empossado e nada mais, apenas ser empossado e não
para dar continuidade à administração, ele assumiu R$ 945.600,00 (novecentos e
quarenta e cinco mil e seiscentos reais) de Léo, dele a dívida chega a R$
486.000,00 (quatrocentos e oitenta e seis reais) do Carnaval, foram arrecadados
muitos recursos, quero apenas que me pague”.
“Um
ato de tremenda covardia dos vereadores que se ausentaram dessa sessão meus
amigos, vou lamentar para o resto da minha vida a atitude deles – estou à
disposição de quem quer que seja – da Polícia Federal, do Ministério Público
Estadual, do Tribunal de Contas do Estado, de quem quer que seja”. Finalizou.
Ao
final da referida sessão, o presidente do Poder Legislativo de Cajazeiras e,
após ouvir atentamente todas as declarações e indignação dos seus pares, o
Vereador Marcos Barros de Souza determinou que fosse convocado para prestar esclarecimentos
à Câmara Municipal e sociedade, o secretário-adjunto de cultura – Junior Terra,
Rusbenio Bezerra de Lira (primo do prefeito) e o Senhor Edimilson de Brito (sogro
do prefeito).
A
senhora Maria Rocha – presidente da Associação dos Ambulantes e Barraqueiros de
Cajazeiras será convocada juntamente com os demais envolvidos para informar
aquém pagou pela colocação de barracas no circuito festivo. Uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) será instaurada após acareação.
Da redação