Quem
mora no Sertão, pode dizer em alto e bom som, que a seca está com uma fúria,
jamais vista. Andando pela zona rural, tenho constatado essa real situação. A
coisa está feia!
Ontem,
quarta (25) pela manhã, ouvia de muitos agricultores, seus clamores, suas
lamentações. Com olhos lacrimejados, alguns diziam que não sabiam mais o que
fazer, tudo estava perdido. Só Deus.
Este
é o cenário desolador sertanejo: sem água, sem colheita, fome, miséria, sem
pasto para os animais, sem esperança e um calor fora do normal.
Muitas
pessoas da zona rural estão deixando o Sertão em busca de subemprego nas
grandes cidades do Sudeste e Centro-Oeste, deixando para trás, esposas e
filhos. Está voltando o tempo das viúvas da seca.
Diante
desse quadro desolador, clamo, pungentemente, como cidadão e pastor, às
autoridades municipais, estaduais e federais, que possa agir o quanto antes,
buscando amenizar esse drama, na vida do povo sertanejo, com ações
governamentais.
DANDO
MINHA HUMILDE CONTRIBUIÇÃO CIDADÃ, SURGIRO AS SEGUINTES AÇÕES GOVERNAMENTAIS:
1-Construção
de cacimbões e poços artesianos atrelados ao processo de dessalinização, em
todas as comunidades rurais;
2-Perdão
das dívidas dos agricultores junto ao Banco do Nordeste;
3-Cestas
básicas semanais, além do bolsa estiagem do governo federal;
4-Reforçar
a merenda escolar nas escolas da zona rural;
5-Doações
de filtros e ventiladores para as famílias carentes da zona rural;
6-Pressionar
o governo federal para dar agilidade às obras da transposição, incluindo o Rio Piancó
no referido projeto.
Que
o Ministério Público Eleitoral, a Justiça Eleitoral e a Sociedade Civil
Organizada, não permitam que, em ano eleitoral, algumas lideranças políticas,
usando da má-fé, se aproveitem dessa triste situação, como trampolim para
chegar ao poder: indústria da seca.
Pedra
Branca-PB, 26 de abril de 2012
Padre Djacy Brasileiro, no
Alto Sertão paraibano.