Doses começarão a ser entregues aos estados nesta segunda-feira
Segundo o ministro, serão
inicialmente 3 milhões de pessoas a serem vacinadas, com duas doses cada uma,
totalizando 6 milhões de doses da CoronaVac, produzida pela empresa chinesa
Sinovac e o Instituto Butantan. O uso emergencial da CoronaVac foi aprovado hoje
(17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministro abriu a coletiva se solidarizando com as famílias das vítimas e agradecendo aos profissionais de saúde na linha de frente da pandemia.
“Quero começar me solidarizando com cada família que perdeu um ente querido. Já passamos de 200 mil mortes em nosso país. E agradecer a todos os profissionais de saúde, que já salvaram mais de 7 milhões de pessoas vítimas da covid-19. Hoje o Brasil passa por um momento de grande avanço, esperança e conforto aos brasileiros, que aguardavam por esta notícia. Está dado o primeiro passo para a maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, disse Pazuello.
O ministro afirmou que o
importante é garantir a todos os estados as doses da vacina, em igualdade de
condições, respeitando a questão da gravidade local.
“O Ministério da Saúde tem
em mãos, neste instante, as vacinas, tanto do Butantan quanto da AstraZeneca
[em parceria com a Fiocruz]. E nós poderíamos, num ato simbólico, ou numa
jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a
todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde
não fará isso”, frisou o ministro.
Pazzuelo destacou que existe
um pacto federativo histórico entre a União e os estados, que deverá ser
respeitado, com a saúde da população colocada acima de tudo.
“Quebrar essa pactuação é
desprezar a igualdade entre os estados e todos os brasileiros. É desprezar a
lealdade federativa. Senhores governadores, não permitam movimentos políticos
eleitoreiros se aproveitando da vacinação nos seus estados. O único objetivo,
neste momento, tem que ser o de salvar mais vidas e não fazer propaganda
própria”, destacou o ministro.
Em São Paulo, o governo
estadual iniciou hoje a vacinação contra o novo coronavírus, imunizando uma enfermeira
que trabalha na linha de frente contra o vírus.
Distribuição
Pazuello comentou como
deverá ser o processo de vacinação, a partir de quarta-feira, sendo que a
responsabilidade da operação logística será dos municípios, definindo quem são
os grupos prioritários a receberem as primeiras doses. Segundo o ministro, as
doses começarão a ser entregues aos estados a partir das 7h desta segunda-feira
(18), com apoio do Ministério da Defesa, com deslocamento aéreo.
“Os grupos prioritários são
mais controlados. Idosos em instalações de longa duração, que a vacina vai até
eles, profissionais de saúde que estão na linha de frente, em que forma de
comunicação é em outro nível, vai no aplicativo Conecte SUS, onde faz a
inscrição para a vacinação, os índios aldeados, [que a vacinação] vai até a
aldeia. Então esses grupos iniciais são mais simples de serem trabalhados. Isso
vai dando tempo para a estrutura se organizar para os públicos maiores. Neste
momento, os prioritários são muito mais simples de se fazer. E isso está no
plano de execução do município, que executa a vacinação”, explicou o ministro.
Assista a entrevista coletiva clicando neste link
Neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o uso emergencial no país das vacinas CoronaVac, do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da AstraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o consórcio Astrazeneca/Oxford. A reunião durou cerca de cinco horas.
No caso da CoronaVac, a taxa
de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo
(medicamento inócuo) atingiu 50,39%, segundo a agência. Para a AstraZeneca, a
Anvisa confirmou a eficácia global do imunizante em 70,42%.
Agência
Brasil