Reportagem do Jornal
Folha de São Paulo repercute a possível aliança do PT e do DEM no mesmo
palanque nas eleições estaduais de 2018 na Paraíba.
Segundo a matéria, PT e DEM estarão juntos em apoio ao PSB do governador Ricardo Coutinho. O partido lançará o secretário estadual João Azevedo (PSB) como candidato ao governo em 2018 e terá apoio de petistas e democratas.
Segundo a matéria, PT e DEM estarão juntos em apoio ao PSB do governador Ricardo Coutinho. O partido lançará o secretário estadual João Azevedo (PSB) como candidato ao governo em 2018 e terá apoio de petistas e democratas.
Confira a matéria na integra
Em campos diametralmente
opostos na política nacional, o DEM e o PT devem subir no mesmo palanque em
três Estados do Nordeste no próximo ano. A união deve acontecer no Ceará,
Paraíba e Maranhão.
As alianças são encaradas
pelos partidos como resultado das especificidades locais e não devem refletir
no cenário nacional.
Na Paraíba, PT e DEM
estarão juntos em apoio ao PSB do governador Ricardo Coutinho. O partido
lançará o secretário estadual João Azevedo (PSB) como candidato ao governo em
2018 e terá apoio de petistas e democratas.
A consolidação da chapa
deve gerar o cenário insólito de petistas votando no DEM ou democratas votando
no PT na disputa pelo Senado.
O deputado federal Luiz
Couto (PT) e o ex-senador Efraim Moraes (DEM) são cotados como pré-candidatos
ao cargo e poderão até fazer uma dobradinha em busca dos votos do eleitor
paraibano.
Esta será a segunda vez
que PT e DEM estarão juntos na Paraíba. Em 2014, os dois apoiaram a reeleição
do governador Ricardo Coutinho. Na ocasião, o DEM defendeu voto para o então
petista Lucélio Cartaxo na disputa pelo Senado.
“Vai ser hora de esquecer
a cor das bandeiras e pensar nos desafios da gestão pública”, diz o líder do
DEM na Câmara Federal, deputado Efraim Filho (PB).
Petistas e democratas
também estarão na mesma aliança pela segunda eleição consecutiva no Maranhão,
mas em palanque oposto ao que subiram no pleito de 2014.
Na eleição passada, os
dois partidos apoiaram Lobão Filho (PMDB) para o governo contra Flávio Dino (PC
do B), que acabou eleito. Quatro anos depois, vão apoiar a reeleição de Dino
contra o PMDB, que lançou a ex-governadora Roseana Sarney.
O PT já faz parte da base
de Dino, no qual ocupa duas secretarias, e o DEM está com negociações avançadas
para integrar o governo.
A aliança coincide com a
filiação do ex-governador José Reinaldo, que vai trocar o PSB pelo DEM e é
considerado nome forte para uma cadeira no Senado na chapa comunista.
“A tendência é de apoio
ao governador. Ele nos disse que não vai radicalizar na eleição presidencial e
dará abertura a todos os candidatos de partidos da sua base. Isso nos deixa
confortáveis”, diz o deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA).
A ideia de Dino é repetir
a estratégia de 2014, quando formou uma chapa com PSB e PSDB e recebeu Dilma
Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) em seu palanque.
Desta vez, o PSDB deve
ficar de fora, mas a chapa comunista deve reunir partidos que passeiam por todo
o espectro ideológico, do PT ao PEN, futuro abrigo do presidenciável Jair
Bolsonaro.
No Ceará, o DEM passou a
integrar a base aliada do governador Camilo Santana (PT) desde fevereiro. Na
época, o partido justificou o apoio citando medidas do governador como o corte
de cargos, a aprovação de um teto de gastos e a privatização de equipamentos
públicos.
Mas a boa relação com
governador já vinha de antes. Em 2016, o petista apoiou em Fortaleza a
reeleição do prefeito Roberto Cláudio (PDT) e ajudou a eleger Moroni Torgan
(DEM) como vice-prefeito. No próximo ano, os democratas devem ser recíprocos no
apoio ao petista.
Apesar da disposição em
apoiar Camilo Santana, uma possível aliança deverá enfrentar resistências da
Executiva nacional do partido.
Com Folha de São Paulo