As acusadas pelo crime que chocou a população do Alto Sertão foram presas nesta quinta-feira (05), em Nazarezinho.
Foi desvendado o crime que chocou toda a comunidade do Alto Sertão da Paraíba que aconteceu no dia (20) de outubro de 2012 na cidade de Nazarezinho, contra a comerciante cajazeirense, Maria de Fátima Siebra, 48 anos, assassinada com tiro de espingarda 12.
Na manhã desta quinta-feira (05), o GTE (Grupo Tático Especial de Sousa) de Pombal e Catolé do Rocha foi até a cidade de Nazarezinho de posse de Mandado de Prisão, e conseguiu prender as comerciantes. São elas: Lúcia Abreu Santos, conhecida por Marlucia, residente no Bairro Vila Nova, Francisca Bezerra Coura, conhecida por Geralda de Solon, moradora do Centro, e Maria do Socorro, residente no Bairro Vila Nova.
De acordo com o delegado, Sylvio Rabello essas comerciantes são apontadas como mandantes do crime contra a também comerciante, Maria de Fátima Siebra, 48 anos, pelo motivo que a vítima estaria atrapalhando suas vendas no comércio de Nazarezinho.
O GTE, ainda com mandado de busca e apreensão, conseguiu prender outro elemento por nome de Francisco. Consigo foi encontrado um rifle.
O crime teria sido encomendado pelas acusados por R$ 3 mil. Dois pistoleiros foram contratados para a tarefa. Ronaldão Mototaxisto e o Cigano de Adelson, que se encontram foragidos.
O homicídio que chocou a população sertaneja era um mistério. Embora a Polícia Civil viesse investigando. Depois de notas, apelos da família foram divulgados e feitos na imprensa sousense, uma testemunha resolveu procurar a delegacia e esclarecer o homicídio por completo.
A testemunha, Maria Daniel Filha, conhecida por "Nega", residente em Nazarezinho, disse na DP que é cunhada de Raimundo Roberto Afonso, vulgo, "Robertão Motaxista", suspeito de ser o assassino da comerciante cajazeirense e abriu o jogo.
Nega revelou que, "Robertão" era churrasqueiro de uma festa que acontecia no sábado (20) de outubro de 2012 no Clube Pedrozão, aonde teria recebido a proposta das comerciantes para apenas dá um susto na Cajazeirense, que estaria atrapalhando o comércio em Nazarezinho, o qual teria dito que não era homem de dá susto, e sim fazer o serviço completo. Depois, Robertão foi até a banca da vítima, comprou uma calça jeans e uma camisa amarela, e saiu.
O "Cigano de Adelson" teria ficado no centro da cidade monitorando a vítima até ela sair do local, enquanto, "Robertão" ficou com uma espingarda calibre 12 de fabricação caseira no Portal, saída da cidade na espreita do carro da vítima, momento que efetuou o disparo e acertou a mulher que morreu nos braços do marido.
Robertão teria escondido a arma e um capuz no açude, e ficou foragido na casa do amigo Lino no Sítio Tabuleiro Redondo.
Dias depois, Robertão teria ligado para a sua irmã, de prenome Maria solicitando que a mesma fosse pegar o dinheiro das comerciantes pelo serviço realizado, caso o contrário, ele denunciaria todas.
A testemunha chave deste crime "Nega", que inclusive é casada com Raimundo Afonso de Carvalho, "Ronaldão", acusado também de participação no crime, tem um mandado de prisão em aberto, ouviu toda a história na residência da sogra, Francisca Afonso de Carvalho, e resolveu procurar a polícia para contar tudo que sabia, e inocentar seu marido.
Segundo "Nega", apenas o seu esposo contratou um taxista a pedido da mãe para levar o acusado para Goiás. O "Cigano de Adelson" também foragiu, e poderá está no Estado de São Paulo.
O delegado Sylvio Rabello batizou toda a operação de “Toritama”, uma referência da cidade do Pernambuco, onde se vende “sulanca” aos sacoleiros.
As mulheres presas: Corrinha tia de Renato, Geralda de Solon e Marluce, esposa de Raimundo, disseram na Delegacia que são inocentes e negam qualquer envolvimento no crime da comerciante.
Fonte: Folha do Sertão