Esquema envolvia distribuição de cestas, promessas de emprego e pagamentos via Pix
Segundo a decisão, uma servidora comissionada da prefeitura, teve participação ativa no esquema e mantinha ligação com a facção criminosa “Tropa do Amigão”. Ela foi flagrada com material de campanha em casa, além de listas com nomes de eleitores e beneficiários de vantagens indevidas.
Parte das evidências foi colhida nas operações En Passant 1 e 2, realizadas pela Polícia Federal. A Justiça concluiu que o prefeito André Coutinho e a vice Camila Holanda tinham ciência das irregularidades, mesmo que algumas ações tenham sido executadas por aliados e servidores comissionados.
A juíza destacou na sentença que não é necessário haver alteração no resultado da eleição para que o abuso de poder seja punido, e que a gravidade dos atos foi suficiente para comprometer a lisura do processo eleitoral. A decisão também determinou aplicação de multas e o envio dos autos ao Ministério Público para possível responsabilização penal dos envolvidos.
A decisão cabe recurso.
Respostas
Em contato com a assessoria de André Coutinho e Camila Holanda e foi informado que a posição dos gestores será enviada por nota mas, até o momento da publicação desta reportagem, a informação não foi recebida. O T5 não conseguiu contato com o vereador Márcio Silva.
Por meio de nota, o ex-prefeito Vitor Hugo Castelliano afirmou que a decisão foi recebida com surpresa e que vai tomar as decisões cabíveis. Confira nota na íntegra.
NOTA
Foi com surpresa que recebi, na manhã desta quarta-feira (25), a decisão da Justiça Eleitoral de Cabedelo me tornando inelegível pelos próximos oito anos, mesmo após o pedido de absolvição por parte do Ministério Público Eleitoral (MPE-PB).
Tenho plena e total confiança na Justiça e vou, junto ao meu corpo jurídico, tomar as providências cabíveis para reverter essa decisão nas instâncias superiores.
Vitor Hugo Castelliano