quinta-feira, 22 de julho de 2021

Hospital Regional e Secretaria de Saúde de Patos firmam parceria para acompanhar pacientes de Covid pós-alta

A Covid-19 é uma doença viral, de acometimento pulmonar, que pode deixar sequelas ocasionando sintomatologia respiratória grave e outros problemas mesmo após a alta hospitalar. Daí ser importante um acompanhamento do paciente pós-alta. No Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC) esse acompanhamento é feito, desde agosto do ano passado, no ambulatório de egressos de Covid. E a partir desta terça-feira (21), esse trabalho se amplia com uma parceria da unidade com o recém-criado Núcleo de Assistência aos Pacientes Pós-Covid de Patos. Uma reunião entre a Chefe do Núcleo de Enfermagem do Complexo, Séfora Cândida Vasconcelos e o fisioterapeuta, Thaynan de Sousa Morais e a psicóloga, Ingrid Gisely Alves de Oliveira, que integram o Núcleo de Patos, selou a parceria que vai beneficiar pacientes do isolamento Covid após a alta do hospital.

A parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Patos com o Complexo Regional abrangerá toda a população. “O Hospital vai nos comunicar sobre as altas do setor Covid e nossa equipe fará uma busca ativa do paciente em todo o âmbito do município para que ele, em caso de necessidade, tenha uma reabilitação de maneira mais adequada”, explica o fisioterapeuta, Thaynan de Sousa.

“Antes desta parceria, a unidade identificava a necessidade do paciente continuar com sessões de fisioterapia, por exemplo, mas não havia um espaço referenciado para tal na cidade ou quando existia um serviço referenciado este não existia, especificamente, para atendimento de pacientes que tiveram Covid. Agora, com esse Núcleo, o paciente não terá apenas a identificação do acompanhamento que ele precisa, mas, o cuidado adequado. Estamos muito felizes com essa parceria porque identificamos que a maioria dos pacientes que passam pelo ambulatório de egressos Covid do hospital precisam, principalmente, de fisioterapia e de serviços de psicologia. No caso de Patos, agora nós teremos esse serviço referenciado”, afirma Séfora.

O ambulatório de egressos de Covid do Complexo funciona uma vez por semana, com consultas pré-agendadas e é coordenado pelo Dr. Diego Varela, que é o responsável pelos atendimentos clínicos. Quando o paciente tem alta é feito um cadastro no qual consta o histórico clínico dele e telefones para que, posteriormente, seja feito um contato a fim de marcar uma consulta no ambulatório. Essa marcação, explica Séfora, pode ser feita tanto por uma equipe de teleconsulta, que funciona na sede da SES, em João Pessoa, ou diretamente, pela unidade onde o paciente esteve internado.

“Algumas vezes há dificuldade em localizar o paciente por causa dos telefones de contato que não atendem ou estão errados”, explica Séfora, lembrando que as consultas acontecem, geralmente, entre 15 e 30 dias após a alta.  Na consulta médica, o paciente é avaliado e se o médico identificar que há necessidade de realização de novos exames, eles são realizados no Centro de Imagem da unidade e se houver necessidade de continuar a realizar outros procedimentos, ele é orientado a procurar atendimento posterior.

“Muitos pacientes após o período inflamatório e mesmo após a pronta recuperação parcial ou total da sintomatologia do Covid e da alta necessitam de um acompanhamento ambulatorial que lhes dê a assistência e restauração completa da saúde, não só com o acompanhamento médico, mas também fisioterápico entre outros e esse trabalho do ambulatório de egressos, além de reduzir a ocupação de leitos por uma eventual reincidência dos problemas, consegue uma diminuição considerável de mortalidade destes pacientes pós-alta”, afirma Dr. Diego.

Dr. Pedro Augusto, que atua na linha de frente do setor Covid do Complexo, complementa que esse acompanhamento pós-alta é muito importante. “Uma das coisas que a gente tem que prestar bastante atenção são os efeitos futuros do Covid, pois nos deparamos, muitas vezes, com pacientes com déficit neurológicos, cognitivos fraqueza muscular, dores articulares e são pessoas que não tinham isso antes da doença. E o pior de todos é o quadro respiratório crônico, essa fibrose pulmonar que o paciente pode virar um paciente dependente de oxigênio”, esclarece o médico.


Assessoria de Comunicação