Levantamento do Congresso em Foco mostra que 52
senadores faltaram ao menos uma vez no primeiro semestre sem apresentar
justificativa. Nessa categoria, Gim Argello foi o mais faltoso.
Gim Argello foi o senador que mais faltou sem justificativa: assessoria diz que ele esquece de bater ponto |
Nos primeiros seis meses do ano, 52 senadores - mais
da metade do total - faltaram a sessões deliberativas sem dar qualquer
explicação à sociedade. Levantamento exclusivo feito pelo Congresso
em Foco revela que, dos 87 senadores que exerceram mandato no
primeiro semestre, esses 52 faltaram ao menos uma vez, sem justificar os
motivos do não comparecimento, às sessões plenárias com votações na
pauta.
De acordo com as regras da Casa, os senadores podem solicitar
licenças para se ausentar das sessões deliberativas – aquelas em que são
votadas proposições que podem se tornar as leis do país. As ausências
não justificadas por licenças são consideradas faltas, com desconto no
subsídio referente a um dia de trabalho. E,
como mostrou o site em matéria publicada ontem (1º), o número de
ausências por licenças e de faltas aumentou mais de 50% no último
semestre, em comparação com os semestres de anos anteriores desta
legislatura.
Nenhuma sessão com todos
Nenhuma sessão com todos
O levantamento é baseado em dados divulgados pela página eletrônica
do Senado. De acordo com as informações apuradas, observa-se que nenhuma
das 62 sessões deliberativas realizadas na Casa, no primeiro semestre
de 2010, reuniu no mesmo dia todos os 81 senadores no exercício do
mandato. Nem
mesmo nas sessões mais importantes – como a que apreciou o projeto que
deu origem à Lei da Ficha Limpa – foi verificado o comparecimento de
todos os senadores.
O critério utilizado no ranking dos menos assíduos é o seguinte: em primeiro lugar, o número mais elevado de faltas sem justificativas. Em caso de empate, considera-se as ausências totais (com ou sem justificativa) e, por último, o menor índice de presença em relação às sessões a que cada parlamentar deveria ter comparecido.
O critério utilizado no ranking dos menos assíduos é o seguinte: em primeiro lugar, o número mais elevado de faltas sem justificativas. Em caso de empate, considera-se as ausências totais (com ou sem justificativa) e, por último, o menor índice de presença em relação às sessões a que cada parlamentar deveria ter comparecido.
Os campeões
Em relação às faltas sem qualquer explicação aos eleitores, o Senado conseguiu bater recorde de faltas no primeiro semestre deste ano, totalizando 189 vezes sem registro de comparecimento. Desse total, os dez senadores que mais faltaram sem justificar foram responsáveis por 81 faltas, o que corresponde a um percentual de 42% do total.
Em relação às faltas sem qualquer explicação aos eleitores, o Senado conseguiu bater recorde de faltas no primeiro semestre deste ano, totalizando 189 vezes sem registro de comparecimento. Desse total, os dez senadores que mais faltaram sem justificar foram responsáveis por 81 faltas, o que corresponde a um percentual de 42% do total.
No ranking de faltas sem justificativa, o campeão foi o senador Gim Argello (PTB-DF). Apesar de ser parlamentar por Brasília e não necessitar se deslocar de um estado para o outro para participar das sessões, o senador faltou a 14 das 62 sessões deliberativas realizadas sem prestar qualquer esclarecimento sobre sua ausência.
Em segundo lugar no ranking dos mais faltosos, está o senador Leomar
Quintanilha (PMDB-TO). Mesmo considerando-se o período em que esteve
afastado – tomou posse em seu lugar o suplente Sadi Cassol (PT-TO) –,
Quintanilha está entre os que mais faltaram sem prestar contas ao
eleitor. O senador tocantinense teve 10 faltas durante as 38 sessões em
que esteve em exercício.
Uma falta a menos tiveram os senadores Almeida Lima (PMDB-SE) e Tasso
Jereissati (PSDB-CE), que faltaram nove vezes sem dar explicações. Em
seguida, com sete faltas sem justificativa aparecem a senadora Marina
Silva (PV-AC) e os senadores Efraim Morais (DEM-PB), Acir Gurgacz
(PDT-RO) e Valter Pereira (PMDB-MS).
Por Renata Camargo e Fábio Góis - Congresso em Foco