segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Pedro Cunha Lima cobra fim de privilégios na campanha, mas ignora regalias que sua família mantém administrando Campina

Em debates, sabatinas e entrevistas dos quais participa, o deputado federal e candidato a governador pelo PSDB, Pedro Cunha Lima, defende sempre o corte de privilégios, destacando que, se eleito, pretende reduzir o duodécimo à Assembleia Legislativa da Paraíba e cortar as farras com o dinheiro público. Porém, o discurso do tucano parece não servir de orientação para o seu próprio grupo político, que administra Campina Grande há vários anos, pois seu primo, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, mantém quase 12 mil pessoas sem concurso na sua gestão.

“Temos que reagir e propor algo diferente. Enxugar a máquina é necessário (referente ao duodécimo da ALPB). Essa gordura tem que ser gasta com as famílias que passam fome no nosso estado, que precisam do apoio do poder público”, disse Pedro, recentemente, em referência à sua defesa em reduzir o duodécimo da ALPB. https://www.resenhapolitika.com.br/noticia/pedro-cunha-lima-se-eleito-for-governador-vou-propor-reducao-do-duodecimo-da-alpb-que-passa-dos-r-300-milhoes

Porém, não se observa junto à imprensa paraibana nenhuma fala de Pedro orientando seu primo, o prefeito de Campina Grande Bruno Cunha Lima, a reduzir a máquina pública na Rainha da Borborema. Em pesquisa junto ao Tribunal de Constas do Estado, via sistema Sagres Online, na última folha da PMCG apresentada, referente ao mês de junho de 2022, em relação aos servidores sem concurso, sejam eles: Comissionados e Cargos de Excecional Necessidade, existem 11.234 pessoas na estrutura da Prefeitura, contratadas sem concurso. Confira no link abaixo ou nos anexos: https://sagresonline.tce.pb.gov.br/#/municipal/pessoal/servidores

São pessoas que foram contratadas não pelo instrumento justo do concurso público, mas pelo apadrinhamento político, via indicações de vereadores, aliados e da própria família Cunha Lima. Em muitos casos, nem aparecem nas repartições para dar expediente. Essa triste realidade já foi advertida pelo próprio TCE-PB em várias oportunidades. Mesmo assim, o gestor continua com a mesma prática.

Outro dado que chama a atenção é de parentes de Pedro na PMCG que tem altas gratificações, que somadas aos salários, tem servidor que, de janeiro a junho, já faturou R$ 281.737,70. O prefeito Bruno, por exemplo, já em vencimentos neste primeiro semestre de 2022 que somam R$ 154.275,54.


Da Redação