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'As crianças com idades entre 4 e 7 anos e meio deverão ser transportadas
apenas com o cinto de dois pontos, sem o assento de elevação', informou o
Denatran. O problema do booster no cinto de dois pontos é que o tronco da
criança fica solto, podendo ser projetado para a frente em caso de
acidentes.
Trata-se da primeira exceção à Resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito
(Contran). A nova regra determina que todas as crianças devem ser transportadas
com um dispositivo específico de proteção, que varia de acordo com a idade: até
1 ano, o bebê conforto; de 1 a 4 anos, a cadeirinha; até 7 anos e meio, o
booster; a partir dessa idade, com cinto de segurança, sempre no banco de
trás.
Outros dispositivos também já enfrentam problemas. Segundo o gerente de
avaliação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Inmetro), Gustavo Kuster, não há hoje no mercado mundial cadeirinha
adaptada para cinto de duas pontas que tenha sido certificada após passar por
testes de segurança. 'Proibimos toda e qualquer cadeirinha que não passe nos
ensaios. Se algum fabricante desenvolver um modelo para cinto de duas pontas e
esse modelo passar nos ensaios, excelente, mas não vamos criar uma meia
segurança.'
Fiscalização. O primeiro órgão a ser notificado sobre o caso dos boosters em
veículos antigos foi a Polícia Rodoviária Federal, que prometeu seguir
orientação do Denatran e não multar. Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de
Tráfego (CET) informou que seus agentes multarão a partir hoje todos que
descumprirem a regra, sem exceção. Mas, se for notificada pelo Denatran, poderá
mudar de procedimento em relação aos carros mais antigos. Já a Polícia Militar
da capital e outros órgãos de trânsito municipais do País, como os do Rio e de
Santos, optaram por apenas fazer ações educativas hoje.
Quadrigêmeos. Apesar dos problemas, alguns pais já se tornaram bons exemplos
de adaptação à nova regra. É o caso da técnica em alimentos Kátia Cristina
Ramos, de 33 anos, que começou a comprar os equipamentos de proteção poucos
meses depois de seu parto - não de filho único, mas de quatro bebês. 'Quando
descobri que eram quadrigêmeos, chorei por três dias seguidos. Hoje estou muito
feliz, mas preciso fazer ginástica.'
O primeiro passo foi vender o carro e comprar outro maior. Em seguida, gastou
cerca de R$ 3 mil apenas para comprar duas cadeirinhas e dois bebês conforto
para os filhos, hoje com 1 ano e 2 meses - dois eram menores, porque nasceram
prematuros.
Kátia procura marcar consulta médica e outros eventos para os quatro filhos
juntos. Nessas ocasiões, precisa de pelo menos 50 minutos para ajeitar todos
eles nos equipamentos. 'Eu tenho outros dois filhos e às vezes eles precisam ir
de metrô.'
Fonte: O Estado de S. Paulo