quinta-feira, 17 de junho de 2010

PT Nacional liberaria Couto para votar em Ricardo mesmo assumindo vaga de senador na chapa de Maranhão


Ministro Padilha: arrumadinho para satisfazer Maranhão

POLÍTICA: 17/06/2010 - Para resolver o impasse da participação do PT na chapa do governador Maranhão e assegurar uma candidatura competitiva ao Senado Federal, a Direção Nacional do PT fez um proposta no mínimo indecente para o ex-prefeito Ricardo Coutinho: liberaria o deputado Luiz Couto para votar no PSB mesmo ele assumindo a vaga de senador na chapa do PMDB.

A proposta foi apresentada a Ricardo na segunda-feira passada, em Brasília. Foi transmitida pela boca no ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Couto sairia senador na chapa de Maranhão, mas ficaria livre para votar em “quem quisesse” para governador. E com um detalhe: a proposta tinha a anuência de Maranhão.

Para o governador, interessava apenas deixar a vaga de vice-governador para Vitalzinho (PMDB) e assegurar o tempo de TV do PT com um nome vem conceituado na chapa.

Ricardo fechou a cara. Disse que queria ser tratado como aliado e não aceitaria uma proposta daquelas.

“Não vou resolver os problemas do meu adversário. Eles (Rodrigo Soares e companhia) que ganharam a eleição interna do PT. Eles que resolvam. Se vocês me querem como aliado (de Dilma), me tratem com aliado”, disse Ricardo ao ministro.

A reunião acabou.

Luiz Couto já declarou que não aceitará subir no palanque como senador de Maranhão. Primeiro pelas posições que já tomou. Segundo porque não quer cair na armadilha de assumir a segunda vaga de senador na chapa do PMDB, quando se sabe que Maranhão trabalhará para eleger preferencialmente um peemedebista.

Além do mais, foi o deputado Rodrigo Soares que ganhou o Processo de Eleição Interna (PED) no PT. Na visão de Couto, é ele que tem que resolver o impasse junto às forças vencedoras.

O problema é que as forças vencedoras do PT não têm potencialidade eleitoral. Pra comprar, foram ideais a Maranhão. Pra compor a chapa, já não são.
Luís Tôrres