quinta-feira, 4 de março de 2010

Diretor de Cadeia Pública é preso na Paraíba acusado de envolvimento com quadrilha

POLICIAL: 04/03/2010 - Imagem: Mônica Rodrigues - O diretor da Cadeia Pública de Itaporanga, José Claudemir Soares Alves (foto), 40 anos, foi preso na cidade, no final da manhã de quarta-feira (3), sob acusação de receber propina de uma quadrilha que roubava cargas no Nordeste presa em fevereiro pela Operação Fachada da Polícia Civil de Patos e Pombal.

A Polícia chegou a Claudemir depois do depoimento de Samuel da Costa Silva, acusado de ser o chefe da quadrilha que roubava cargas na região Nordeste, e que confirmou o pagamento de 5 mil reais para obter um Boletim de Ocorrência (B.O.) falso.

O bando preso durante o período do carnaval se disfarçava de transportadores de mercadorias e no meio do trajeto forjava um assalto a carreta e registravam boletins de ocorrência para parecer verdade.

A quadrilha além de receber o dinheiro da transportadora que contratava, ainda ficava com a mercadoria que segundo a polícia, era comercializada nos estados da PB, RN, PE e CE.

O diretor da cadeia confirmou que o documento foi emitido na delegacia de Itaporanga, mas negou a acusação de ter recebido dinheiro para emitir Boletim de ocorrência que só pode ser feito na delegacia de roubos e furtos em João pessoa, já por causa fraudes.

Segundo a polícia, Claudemir não tinha autorização para emitir o B.O já que a Secretaria de Segurança do Estado baixou uma portaria informando a proibição de emissão de boletim em delegacias comuns que não fossem especializadas em roubos e furtos.

Os delegados Cristiano Jaques Araújo da Delegacia de Patos e André Rabelo, que coordenam a Operação Fachada, informaram que as investigações vão continuar e que em Patos há pessoas envolvidas e a prisão é questão de tempo.

O diretor da cadeia de Itaporanga Claudemir foi levado para Presísio Regional Romero Nóbrega e vai responder pelos crimes de corrupção passiva, falsificação de documento e usurpação de função pública por não ser concursado e ocupar cargos públicos sem a prestação de concurso público, o chamado policial de araque.

Da redação com Mônica Rodrigues / Correio Sat